segunda-feira, 30 de maio de 2011

Artigo - O ALUNO COM BAIXA VISÃO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE E DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

O aluno com Baixa Visão: A importância do diagnóstico precoce e do atendimento Educacional Especializado (AEE)

Maria Eljacira Pereira Corrêa de Araújo

Maria de Lourdes de Souza Andrade

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo destacar a importância do diagnóstico precoce e do atendimento educacional especializado ao aluno com baixa visão. Em nossas escolas, tanto públicas quanto privadas, a ocorrência de alunos com baixa visão é bastante significativa. Estes alunos, por sua vez, em decorrência desta, tem restringido a percepção visual do mundo. Desta feita, faz-se mister o diagnóstico e atendimento especializado adequado, bem como a veiculação de informações de como lidar com a baixa visão. Para o desenvolvimento do presente estudo, foi utilizado o método bibliográfico com a utilização de autores diversos, bem como a pesquisa empírica. Com o diagnóstico precoce e o atendimento preventivo a escola poderá utilizar o método pedagógico adequado para a qualidade do ensino do aluno com baixa visão.

Palavras-chave: Alunos. Baixa visão. Diagnóstico. Intervenção pedagógica.

ABSTRACT

This article has for objective to show the importance of early diagnosis and specialized educational services to students with low vision. In our schools, both public and private, the occurrence of students with low vision is very significant. These students, in turn, as a result of this, has limited the visual perception of the world. This time, it is needful diagnosis and appropriate specialized care and the transmission of information on how to deal with low vision. For the development of this study, we used the method with the use of literature by various authors, as well as empirical research. With early diagnosis and preventive care to school may use the teaching method appropriate for the quality of education for students with low vision.

Keywords: Students. Low vision. Diagnosis. Pedagogical intervention.

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Relato de uma Mãe…

Relato da Mãe de um Aluno da Escola Estadual Professor Darcy Araújo – Teresina – PI.

Um filho mais que especial


Chamo-me Elma Almeida, sou mãe de Ricardo Almeida o qual estuda há quatro anos em escola estadual - Centro de Ensino de Tempo Integral Professor Darcy Araújo. Ele é deficiente intelectual, com certo nível de autismo, compreende tudo e a todos à sua maneira, com seus questionamentos e carisma, conquistando todos com sua amizade. Venho através deste espaço, deixar um pouco da experiência do meu filho, sobre o seu desenvolvimento escolar.
Sou uma mãe muito determinada em relação aos objetivos educacionais para meu filho, então eu sempre busquei algo que pudesse acrescentar, incentivar, motivar e alegrar o aprendizado e desenvolvimento social do meu filho.Os choros e os porquês foram muitos, tantos quanto suficientes para transformar as dificuldades em força e amor.
Quando ele foi para a escola Darcy Araújo, foi um desafio muito grande, pois já estava adaptado à rotina e aos amigos da escola onde estudava. Estava saindo de uma escola particular tida como referência no estado, com ótimos profissionais da educação e direção. Entretanto, eu queria mais independência em sala de aula para ele, abrindo espaço para ele próprio e que o mesmo conhecesse um mundo diferente do seu.
Nessa época, fiquei sabendo do projeto de educação para jovens e adultos e fui aconselhada a procurar uma escola onde eu pudesse conhecer este projeto, junto à secretaria de educação. Peguei informações de algumas escolas e sai em busca de uma, para meu filho. Recebi algumas negativas por não terem o projeto na escola, mas continuei, até saber que o projeto só funcionava à noite, não achei a idéia muito boa.
Foi quando encontrei, em 2008, no Darcy Araújo, a chance de incluir meu filho numa turma da manhã, era tudo que eu precisava para começar aí, outra fase de sua vida. Os primeiros dois anos foram um processo de adaptação, ele estudava pela manhã na escola do estado e no período da tarde na escola particular, foi feito isso para que eu pudesse convencê-lo desta proposta da nova escola, já que eu precisei de um tempo para organizar essa idéia na sua rotina de vida. Para que eu acompanhasse mais de perto, resolvi trabalhar como voluntária na escola, começando com um projeto desafio, em seguida, tornei-me membro do conselho escolar, ajudando na parte administrativa e eventos em geral. Hoje, faço parte também do CAE - Conselho de Alimentação Escolar, órgão que fiscaliza e orienta, a merenda nas escolas do estado.
Em 2009 começou o projeto de tempo integral na escola onde os alunos passariam a manhã e uma parte da tarde na escola. Mais uma vez tive que fazer uma escolha, já que o período de permanência na escola ia aumentar, ele não poderia ficar só meio período, tivemos uma decisão democrática, onde ele, como principal protagonista, decidiu que queria ficar na escola em tempo integral, já estava adaptado à rotina e às crianças. Outra mudança seria um retrocesso.
Ricardo, hoje, participa da rotina escolar, o seu processo de aprendizagem é lento, mas está dentro de seu limite. Escreve as atividades propostas do quadro, coisa que antes ele não fazia, os professores estão mais atentos, trabalhando em cima de suas dificuldades, juntamente com a ajuda de um nova ferramenta muito importante, que é a Sala de Recurso, onde na sala tem uma pedagoga que ajuda nas dificuldades encontradas pelo professor. Interage com os colegas, gosta de deixar a escola organizada, outra característica pessoal dele, que é importante ser respeitada, recolhendo até mesmo os copos que ficam na mesa. Se preocupa com tudo da escola, até mesmo o patrimônio, dando dicas para a direção do que fazer e também quando algum aluno faz alguma coisa fora do normal na sala de aula e fora dela. Participa de todas as atividades esportivas e eventos da escola e um detalhe, adora ir para a escola.
Recentemente, no último dia 08 de maio, ganhou medalha de ouro no II Campeonato Teresinense de Karatê, disputando em igualdade com outros alunos. Ele faz os treinamentos junto com os alunos no programa mais educação na escola e ainda encontra energia para fazer fora dela, aulinha de futebol e continuação do karatê, com o mesmo professor do Darcy.
Eu acredito na mudança, pois elas estão acontecendo e muitos pais me procuram para perguntar sobre o processo, falo e ainda convido para conhecerem. O processo é lento, mais se cada um de nós fizer um pouco cada dia e lutar por isso, cada momento escolar de nossos filhos serão mais felizes. Basta mudar a nossa referência de tempo e nos adaptarmos ao tempo delas e daí todos aprenderemos! Meu filho é mais que especial, e é por isso que luto pela causa da inclusão. Por ele e por tantos outros que precisam desta acolhida, com amor, atenção, respeito e muito carinho nas escolas do presente e do futuro.
A inclusão começa com todos nós. Em certo sentido, todos somos especiais, pois não existe nenhuma pessoa exatamente igual a outra. Todos nós, com nossas peculiaridades, habilidades, dificuldades, somos todos diferentes.Viva a diferença, viva os especiais!!

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Foto: Elma Almeida e Ricardo.

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Projeto Inclusão Social e Arte

 

Trabalho de Arte educação com alunos do CIES – Centro Integrado de Educação Especial, interface com o colégio São Francisco de Sales – Diocesano.

Professoras: Fabrícia Martins (CIES)

                   Jovina Nascimento (Diocesano)

 

A Expressão Artística torna o ser humano mais crítico e sensível ao mundo e aos outros.”

 

O “PROJETO INCLUSÃO E ARTE teve como objetivo o reconhecimento e a valorização da diversidade como elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem, promovendo a interação entre educandos com necessidades especiais e educandos de uma escola regular de ensino da rede particular, por meio da troca de experiências vivenciadas nas aulas de arte e dos resultados obtidos numa exposição das pinturas realizadas. Este Projeto teve como proposta a inclusão social, como uma forma de tornar a sociedade viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências, bem como a conquista de seus direitos, a superação de suas dificuldades e o fortalecimento de suas potencialidades.

A educação inclusiva necessita de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vividas atualmente nas escolas de modo que estas respondam à diversidade dos educandos. A pessoa com necessidades especiais passa a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades e outras inteligências e aptidões.

A Arte tem contribuído e auxiliado neste processo de construção de escolas verdadeiramente inclusivas, abertas às diferenças e voltadas para os interesses e necessidades de todos os seres humanos.

O exercício de ações como a do presente Projeto tem procurado desenvolver a cooperação, o sentido de se trabalhar e produzir em parceria, o reconhecimento da diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa para a consecução de metas comuns, que podem ajudar muito os aprendentes, desenvolvendo neles o hábito de compartilhar o saber.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Ana Rita S, A emoção na sala de aula. 4ª ed. Campinas: Papirus, 2004.

ARNHEIM, R. Hacia una psicologia del arte. Madrid: Alianza Editorial, 1980.

___________ Intuição e intelecto na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Imagem no ensino da Arte: anos oitenta e novos tempos. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1984.

BRANT, Leonardo (Org.) Políticas culturais. São Paulo: Manoela, 2003, v.1

MARTINS, Alice F. As artes visuais e a educação inclusiva. In: Arte sem barreiras. Educação-Arte-Inclusão. Edição Especial. Anais do 1º Congresso Internacional, 2002, v. 1

MERLEAU-PONTY M, Fenomenologia da percepção. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000

SANTAELLA.l. Matrizes da Linguagem e pensamento. São Paulo: Iluminuras, 2001.

Fotos do Projeto:

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